sábado, 31 de julho de 2010

Casa da mãe Joana

Neste belo (?) sábado, o BCM falará sobre um assunto chato e intediante intelectualmente proveitoso: política.

Muitos de nós, brasileiros, bem sabemos que o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva Sauro ama fazer "amizade" com os demais representantes políticos, mas devemos combinar que as vezes a coisa extrapola o senso comum. Sem mais prólogos, vou direto ao que interessa. Lula apelou ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, condenada à morte por apedrejamento por supostamente cometer adultério com dois homens. O presidente enfatizou o fato de que tem de haver respeito a soberania e as leis que regem o país, mas argumentou quanto a pena (comum no Irã) designada a Sakineh: "nada justifica um Estado tirar a vida de alguém". “Se essa mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil”, propôs ele, ainda finalizando: "A traição lá tem um tipo de pena é enterrar a mulher viva e deixar a cabeça para fora para o povo jogar pedra".

Um momento para você, leitor, formar sua opinião a respeito do caso...

Pronto! depois dessa pausa voltemos a notícia. As súplicas declarações foram dadas durante comício em Curitiba (bela cidade!) ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Disse que, se Dilma for eleita, ela também poderia telefonar para Ahmadinejad pedindo a libertação da iraniana: “Tenho certeza de que ela vai ter sucesso”, alegou.

Presa desde 2006, Sakineh foi condenada a 99 chibatadas por adultério. Tempos depois, a reabertura do processo decidiu por sua execução. De acordo com a lei islâmica, a sharia, crimes como assassinato, estupro, tráfico de drogas, assalto à mão armada e adultério são passíveis de serem punidos com o apedrejamento.

O caso provocou uma repercussão internacional e o governo iraniano anunciou uma revisão da pena, sem deixar claro se o apedrejamento estaria suspenso.
Na quarta-feira, Lula disse que não intercederia pela iraniana e justificou que as leis dos países precisam ser respeitadas para não virar “avacalhação” (no bom estilo Lula da palavra). Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, telefonou para o colega iraniano, Manouchehr Mottaki, para pedir o cancelamento da pena de Sakine.

Na minha modesta opinião, penso que foi louvável a atitude de Lula, preservando o bom senso acima de uma Constituição absurda. Sou contra a pena de morte, independentemente do caso a que ela seja sugerida.



Créditos: G1

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